O humilde vento uivante que bateu em minha janela...

O vento bateu em minha janela, suplicando por uma entrada, então abro a janela e deixo o humilde vento entrar, enquanto ele passava pelas curvas de minha casa, ele uivava, era um uivo que me fazia refletir, do nada para o tudo. Então, ele fez com que uma das portas se fechassem com sua força, e se fez um barulho no meio do silêncio, junto ao uivo.
Deito em minha cama com uma lágrima no olhar, e nem aquela bela música para me acalmar, eu choro cada vez mais, até adormecer. Meu mundo em preto e branco, apenas o fogo tem cor, bem, nada nesse meu mundo.
Finalmente acordo, lavo o rosto, me olho no espelho, vejo que não estou como antes, isso não sou eu. Não, não é sobre aparência que estamos falando, estou falando sobre o que me tornei em todos esses anos. Pego um copo de café e bebo na minha cama, abro meu livro, pego meus óculos e leio-o. Naturalmente, os sentimentos da protagonista estão a flor da pele, como os meus, então me identifico e uma única lágrima escorre pelo meu rosto e cai sobre meu copo de café, dando tempo bastante para desviar.
Os ventos continuam uivando, logo em seguida a chuva cai sobre as construções e árvores de minha cidade... Está de noite, e vejo um monte de luzes longe ou perto. Vejo todas elas, apagarem-se ou ligarem-se. O movimento lá fora é muito grande, muito rápido, muito intenso, enquanto eu... Estou aqui sofrendo, tomando um café, lendo um livro qualquer, e tirando acordes do meu violão. Eu sabia que no dia seguinte eu teria que encarar toda a realidade da vida novamente.


Depois de um bom tempo tentando compor uma música expressando meus sentimentos, deito em minha cama e adormeço deixando as lágrimas de lado. Acordo no dia seguinte 5:00 da manhã, levanto-me escovo meus dentes, pensando no transtorno da vida lá fora. Como algo, escovo meus dentes mais uma vez, tomo um banho quente, coloco meu uniforme de trabalho e vou para o ponto de ônibus. Espero o ônibus naquela manhã tão fria. Enquanto às 7 da manhã já estou em outro ônibus, vejo uma criança correndo pela calçada, com um belo sorriso estampado, ah como eu queria ser aquela criança. Sem problemas, sem coisas para fazer, apenas brincar.
Lá estou eu no meu emprego, tendo que aturar ordens, e injustiças, mas se eu quiser sobreviver, terei que fazer isso. Tomo meu humilde café, e depois desse dia lá estou eu no aconchego de minha casa, e a história se repete, não há nada que impeça meu sofrimento. E isso tudo era apenas com aquele humilde vento uivante que batia em minha janela, fazendo-me refletir do nada para o tudo, da calma, para a alma.

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